O caminho por onde corre o rio da Vida é cheio de precipícios, montanhas e rochedos que necessitam ser vencidos. Nasa, porém, impedirá seu curso.
Podemos, talvez senti-lo em nós, pequeno e frágil, quase despercebido em seu murmurar, não querendo chamar a atenção, seja das aves que buscam em seu traçado a fonte onde mitigarão a sua sede, seja do Sol que o poderá secar, tão desprotegido parece... Ou podemos senti-lo como uma caudalosa torrente que tudo carrega, deixando um rastro bem marcado da sua passagem, a tal ponto que os seres que os seres que o rodeiam o evitam temerosos de seu poder aparente e o Sol quase não o aquece, tal a profundidade e frieza de suas águas.
E podemos procurar levar o rio das nossas vidas a nascer em fonte tranquila, mansamente, elaborando o seu percurso por entre e sobre os rochedos do caminho; quem sabe, moldando com paciência as agudas arestas que poderiam molestar pequeninos seres desprotegidos; caindo, se necessário, por precipícios, atento aos arco-íris que lhe vão enfeitando o trajeto e não às possíveis consequências do passo dado. Chamando com seu alegre e cristalino murmúrio os seres que, sedentos, o buscarão e se saciarão. Permitindo que o Sol o use, como meio de expressão e expansão de seu calor. Amorosamente partilhando com os outros as bênçãos de Ser.
Exercício:
Respire profundamente tranquilizando a sua mente. Visualize-se caminhando por um campo preparado para semear. O céu está muito azul, o sol tem um brilho prateado e ao longe pode ver as árvores de um bosque. Você carrega uma cesta larga, cheia de sementes. Comece sua caminhada pelo campo. Vá espalhando suas sementes, sem se preocupar se a planta germinará ou não. Procure apenas plantar.
Um beijo no coração,

Nenhum comentário:
Postar um comentário